domingo, 17 de fevereiro de 2013

O poema desta segunda, 18/02, é uma homenagem à minha PEDRA NO RIM


Angular - Gilberto Mendonça Teles
 
Há quem ajunta pedras no meio do caminho
quem atira pedra nos telhados de vidro
quem se arma de paus e de pedras
quem chega com quatro pedras na mão
quem se transforma em pedra de escândalo
quem gosta de pôr uma pedra por cima
e quem nunca deixa pedra sobre pedra.
 
Eu, não: sou calculista,
de cal e pedra.
Cultivo pedras nos rins e na língua.
E sei que pedra que rola não cria limo.
 
Às vezes, tomo chá de quebra-pedra;
outras, saboreio uma sopa de pedras.
nos momentos de crise, descanso a cabeça
numa pedra filosofal.
 
Numa pedra de toque( ou de amolar)
fundei pacientemente o silêncio
e aprendi a brunir as sete pontas
do dia D da minha dor,
 
Maior,
Bem maior - me garantem – que a dor do parto.
 

Um comentário:

  1. Max,
    Tive que fazer várias litotripsias(bater pedra no rim).Depois o meu médico -}Dr.Nivaldo Lavoura me mandou fazer uma cintilografia e descobriu a origem da minha "fábrica de pedras".Era uma glândula paratireóide (temos duas de cada lado da tireóide).Operei e retirei a glândula e nunca mais tive pedras.Depois te falo mais. Ligue para mim. - abr- helio rocha

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