Ao pegar o jornal de hoje vemos uma manchete lamentável, não por culpa da redação do jornal, não por erro do periódico, não por notícia sensacionalista, aliás, o Jornal de Piracicaba é respeitado por não ser dado a tais feitos, mas por conta do seu conteúdo. Mas porque o vereador Luis Antônio Leite, mais conhecido como Madalena, vem sendo vítima de ameaças de morte, pois conquistou nas urnas o direito de ser vereador.
Particularmente, não votei em Madalena, por isso tenho a plena liberdade de dizer, Madalena obteve mais de 3.000, e isto lhe deu o direito/dever de ser vereador em Piracicaba.
O preconceito que vem sofrendo, por ser transexual, é lamentável e odioso.
Vivemos num país democrático, cuja constituição no caput do seu artigo 5º, diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”. Ainda, no próprio artigo 5º, agora no inciso X, são invioláveis a intimidade e a vida privada.
No artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal está consignado que se constitui preceito fundamental do Estado Democrático de Direito a dignidade da pessoa humana.
Eleições se ganha nas urnas e Madalena conquistou mais de 3000 votos, portanto, independentemente de credo, cor, preferência sexual, não só tem o direito, mas tem o DEVER de assumir a cadeira na Câmara de Vereadores, sem sofrer ameaças, tem o DEVER, assim como todos os outros 22, de trabalhar por uma PIRACICABA AINDA MELHOR, com ética, responsabilidade, transparência e honestidade.
Fica nosso apoio a Madalena, desejando-lhe sucesso e bom trabalho!!! Não se deixe esmorecer com esses asseclas, que querem derrubar a soberania popular, que lhe confiou o direito de exercer a vereança.
Max Fernando Pavanello - Advogado
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