Sábado e Domingo, 21 e 22/09/2013,
tivemos na Primeira Igreja Batista de Piracicaba a
Conferência memorável ante ao notável
conhecimento Bíblico demonstrado pelos palestrantes. Destaco é releitura de
Lucas 15 feita pelo Pastor Jonas Madureira.
Anos após anos, vi e ouvi várias
mensagens em que os pregadores destacavam as Parábolas da Ovelha Perdida, da
Dracma Perdida e do Filho Pródigo, sem nunca ter me atentado para o foco da
narrativa. O foco utilizado por Jesus ao nos apresentar as três parábolas
constantes de Lucas 15.
Importante ser esclarecido que
este texto não é reprodução ipsis verbis da
mensagem do Pastor Jonas Madureira, mas uma reflexão a partir dela, portanto,
nem tudo o que ele disse está aqui transcrito e nem tudo que está transcrito
ele disse.
O foco empregado pelo Pastor Jonas
Madureira, que, sim, faz todo sentido se confrontado ao texto em análise, é o
do pastor que possuía 100 ovelhas, a mulher que possuía 10 dracmas e do pai de
dois filhos. Sob esse enfoque, teríamos a Parábola do Pastor de 100 ovelhas, a
Parábola da Mulher que possuía 10 Dracmas e a Parábola do Pai de Dois Filhos.
O texto começa com Lucas, escritor
do Livro, descrevendo a aproximação dos publicanos e pecadores para ouvir o que
Jesus tinha a dizer e a reprovação vinda dos fariseus e escribas por Jesus os
recebê-los(1).
Primeira observação interessante,
os publicanos e pecadores não se aproximaram de Jesus para pedirem milagres,
para interpelá-lo, para lhe cobrar explicações, nem para repreendê-lo (como,
aliás, pretendiam fazer os fariseus e escribas), aproximaram-se para ouvir o
que o Mestre tinha a ensinar.
A segunda observação é que a que
dá azo às Parábolas expostas por Jesus, ou seja, o murmuro, a crítica, dos
fariseus e escribas a Jesus. Ao que parece, pelo emprego do verbo murmurar (na
maioria das versões), a crítica fora sussurrada entre eles, sem intenção que
fosse ouvida por Jesus, ao menos não antes de interpelá-lo formalmente.
Entretanto, na onisciência de Jesus, Este lhes apresenta as três parábolas já
mencionadas.
Jesus poderia simplesmente
repreendê-los, mas, ao contrário, preferiu lhes fazer pensar, digo isso, pois,
ao usar o recurso literário alegoria, as parábolas, Jesus faz com que eles
próprios cheguem à certeza de que estão errados. Aliás, isso é recorrente nas
Escrituras, Deus nos deu o livre arbítrio, o poder de escolher, para que nós
mesmos cheguemos à conclusão de que viver sem Ele é uma perda de tempo.
Antes, ainda, de analisarmos as
parábolas é de se situar os personagens que integram o início do Capítulo 15 de
Lucas.
1º Jesus: O Filho de Deus encarnado, aquele que veio para cumprir a
Lei, derrogar a Lei, para estabelecer uma nova aliança entre Deus e a
humanidade, salvar a humanidade, e também para quebrar paradigmas (ao receber
publicanos e pecadores).
2º Publicanos e pecadores: Publicanos eram cobradores de tributos a
serviço do Império Romano. Os Judeus, à época dominados pelo Império Romano,
eram devedores de tributos aos Romanos, assim sendo, os publicanos eram vistos
como traidores, pois lhes cobravam tributos e remetiam a renda ao Imperador.
Além da suposta traição, eram
odiados pelos Judeus, pois, já à época presente estava a corrupção. Os
publicanos eram vistos como corruptos, na medida em que cobravam impostos acima
do estatuído pelo Império, acumulando riquezas. Ainda, já àquela época, forte
era a reclamação de que os tributos não eram bem aplicados, ou seja, tal como
hoje, em que pese o povo arcar com altíssima carga tributária não possuíam o
necessário retorno.
Os pecadores representam, na visão
dos Fariseus e Escribas, toda a escória da sociedade.
Assim, no Capítulo 15 de Lucas se vê
que Jesus quebrou paradigmas ao receber Publicanos e os pecadores para lhes
ensinar.
3º Fariseus e Escribas: os Fariseus resistiam a Jesus, pois o acusavam de quebrar as Leis de Deus e as
tradições dos antepassados, eram Judeus ultraconservadores, apegados às
tradições e aos costumes dos antepassados.
Era um grupo, em sua maioria de
classe média, com forte influência política, como a classe média de hoje,
viviam da aparência fingida, eram religiosos que se gabavam do próprio ser, mas
que não viviam a própria pregação.
Escribas eram quem detinham a arte
da escrita, por isso, eram os responsáveis por copiarem os escritos bíblicos,
especialmente, Velho Testamento. Eram importantes conhecedores da Bíblia,
chamados de doutores da Lei, responsáveis inclusive pela sua interpretação.
Na função que exerciam, em
flagrante abuso de confiança, acabaram por desvirtuar a lei acrescentando-lhe
dispositivos, ao argumento de que era a vontade de Deus, por exemplo, a
obrigação de lavar as mãos antes das refeições(2),
por isso, foram duramente criticados por Jesus.
Fariseus e Escribas se julgavam
limpos de pecados, pessoas boas, com moral ilibada, cumpridores da lei, por
isso, melhores que os Publicanos e Pecadores.
Eis os personagens e o contexto em
que são proferidas as três parábolas: Jesus – o Deus encarnado, que veio para
todos; Publicanos e Pecadores – a escória da sociedade; e, Fariseus e Escribas
– os seres humanos que se julgam “perfeitos”, mas, que murmuravam, criticando o
fato de Jesus receber os Publicanos e Pecadores.
As parábolas:
1ª Pastor de 100 ovelhas(3)
Ano após ano, tenho ouvido e lido
sob o enfoque da ovelha perdida, a Parábola da Ovelha Perdida. Sob esse enfoque,
sempre se evidencia a ovelha perdida, desgarrada, aquela que foi salva ou se
salvou ao se encontrar com o seu Pastor. Nesta alegoria Jesus é o Pastor e nós,
Publicanos e Pecadores, a ovelha perdida.
Mas a leitura sob esse enfoque
fica incompleta, pois e os Fariseus e Escribas, aonde se enquadrariam? Lembremo-nos
dos personagens do início do Capítulo 15: Jesus, Publicanos e Pecadores, e,
Fariseus e Escribas.
A representação, sim, é de que
Jesus é o Pastor, que não titubeia em ir buscar a ovelha desgarrada, Perdida,
mas vai além, pois mostra a necessidade de que as outras 99 ovelhas, que apesar
de estarem próxima do Pastor, também necessitam de entregar-se ao Pastor.
A leitura desatenta,
especialmente, do versículo 7 (Digo-vos
que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que
não necessitam de arrependimento), deixa-nos a impressão de que as
outras 99 ovelhas não necessitavam de arrependimento, pelo contrário, já seriam
arrependidas.
Assim é que sempre li e ouvi, sem,
no entanto, atentar-me para o fato de que a Parábola era dirigida aos Fariseus
e Escribas.
Sim, o Pastor é Jesus, sim, a
ovelha desgarrada, estava perdida e necessitava de um encontro com o Pastor,
Jesus, e representam os Publicanos e Pecadores, mas e as outras 99 ovelhas, não
necessitavam de um encontro com o Pastor, não necessitavam, ou necessitam de
arrependimento? E quem são estas?
Lembremo-nos que Jesus usou a
forma de Parábola para induzir a todos, mas, especialmente, a Fariseus e
Escribas a pensarem, a fazer com que eles de alguma forma se identificassem com
a história, e que se arrependessem do pecado que praticavam ao MURMURAR contra
Jesus Cristo.
Focar apenas no Pastor e na Ovelha
Perdida nos induz a pensar, como um Fariseu ou Escriba pós-moderno, segundo os
quais somente os que não estão na igreja precisam de um encontro com Cristo,
quando na verdade todos, mesmo os que estão na igreja necessitam do encontro.
Não são somente aqueles que
consideramos a escória da sociedade, que estão longe da igreja que necessitam
de arrependimento, mas, mesmo aqueles que consideramos bons (bons seres
humanos, bons patrões, bons empregados, bons pais, boas mães, bons filhos...),
honestos, frequentadores de igrejas, religiosos, necessitam de arrependimento.
Perceba-se que Jesus fez uso de
uma ironia para constranger aos Fariseus e Escribas, digo-vos que assim
haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que NÃO necessitam de
arrependimento.
A leitura do versículo 7 desatenta
e descontextualizada, como sempre fiz, assumindo a mea culpa, poderia até
contradizer o restante da própria Bíblia, especialmente, textos como Romanos
3:23(4), Romanos 5:12(5), Atos 2:38(6), dentre outros.
Concluímos então que, a Parábola
mostra que todos, Publicanos, Pecadores, Fariseus, Escribas, nós seres humanos
(identificando-nos com qualquer dos personagens) necessitamos de
arrependimento, necessitamos de um encontro com o Pastor, Jesus.
2ª Parábola da Mulher Possuidora das 10 Dracmas
A parábola da Mulher que possuía
10 Dracmas é narrada nos versículos de Luca 15:8-10(7). A
narrativa possui o foco na mulher, que é a figura de Jesus nessa história.
Tal qual a parábola antecessora, a
do Pastor de 100 ovelhas, trata-se da defesa de Jesus do porque ele se
assentava e comia com os Publicanos e Pecadores.
O enredo é muito semelhante à
primeira parábola, pois mostra que Jesus ama a todos, preocupa-se com todos,
zela por todos e busca, ou buscou, a todos, sejam as 9 dracmas que restaram,
seja a única que se perdeu.
Mesmo a única dracma perdida
(Publicanos e Pecadores) sendo inferior (Fariseus e Escribas se sentiam
superiores), a mulher (Jesus) não poupou esforços para encontrá-la, e, quando a
encontrou, promoveu uma festa.
E, para finalizar, Jesus justifica
que como a mulher ao encontrar a dracma perdida promoveu uma festa, há festa no
céu, mesmo por um único pecador que se arrependa.
3ª Parábola do Homem que tinha dois filhos
Esta parábola é o “gran finale” da lição dada aos Fariseus
e Escribas em Lucas 15, e a nós mesmos.
Nela, quase textualmente, Jesus
diz aos Fariseus e Escribas, que se não haviam ainda entendido a mensagem, a
mensagem é esta: DEUS AMA, ZELA E BUSCA A TODOS, sem exclusão de ninguém,
FARISEUS e ESCRIBAS, PUBLICANOS e PECADORES.
Analisemos esta parábola, narrada
em Luca 15:11-32(8), sob o enfoque do Pai, como propôs o Pastor Jonas Madureira, e como de fato nos
parece ser o mais adequado à luz da narrativa Bíblica, especialmente no
versículo 11(9) do capítulo em comento, quando Jesus começa com a seguinte frase: “Certo homem
possuía dois filhos”.
Quando focamos, como sempre ouvi,
no Filho Pródigo, o mais moço da narrativa Bíblica, tendemos a nos esquecer do
filho mais velho, aquele que nunca deixou a residência do pai, aquele que
cumpria as regras, a lei, ou seja, se focarmos apenas no Filho Pródigo,
tenderemos a encontrar a figura de Jesus, qual seja, o Pai dos dois filhos, e a
figura dos Publicanos e Pecadores, o Filho mais moço, e nos esqueceremos dos
Fariseus e Escribas, que, aliás, era para quem Jesus contava a história.
A narrativa começa com o filho
mais novo fazendo um pedido incomum, e com uma resposta ainda mais incomum,
qual sejam, pedido do filho de adiantamento de sua legítima, herança, e a
resposta do pai, adiantando-lhe a herança.
Ora, legítima, herança somente é
devida depois do falecimento do proprietário dos bens, ou seja, o filho não tem
direito a herança nenhuma enquanto o pai está vivo. Portanto, bastava ao pai
dizer ao filho que ele não tinha direito ao adiantamento da herança. Mas a
parábola contada por Jesus possuía uma finalidade, a de mostrar a liberdade que
o pai dá ao filho, ou que Deus nos dá, e o amor do Pai aos seus filhos, o Amor
de Deus por toda a humanidade, e, por isso, o pai reparte seus bens e lhe adianta
a sua parte numa possível herança.
O pai deu ao filho a possibilidade
de fazer uma escolha. A escolha consistente em o filho continuar na sua
companhia ou lhe abandonar e seguir sua vida. Escolha idêntica a que Deus nos
deu e nos dá.
O filho fez a sua escolha, recebeu
a herança e partiu de casa, foi viver sua vida. Tal qual a humanidade abandonou
a Deus.
Mas a parábola nos ensina que a vida
fora da presença de Deus é impossível!
O jovem desperdiça todos os seus
bens com coisas fúteis, aliás, por isso, é chamado de pródigo, que nada mais é
do que aquele que desperdiça, esbanja, gasta tudo o que possui com coisas
fúteis, ou como o próprio texto diz, gasta dissolutamente (de maneira libertina,
devassa).
A gastança leva o jovem ao estado
de miserabilidade. Miserabilidade tal que se viu obrigado a laborar em situação
análoga a de escravo, tanto que o texto narra estar ele desejoso de comer
lavagem dos porcos. E, por que porcos? Primeiro porque seu trabalho consistia
em apascentar (dar comida, cuidar, pastorear) porcos, e via que estes tinham
comida, enquanto, ele próprio não tinha o que comer, segundo, porque para
Judeus o porco representa sujeira, imundícia, e, terceiro, por ser o porco a representação
do Pecado. Assim sendo, diante desse cenário, o jovem se viu em situação de tal
miserabilidade, que se considerou inferior aos próprios porcos.
Mas, o mais importante, não foi só
o jovem se sentir inferior ao porco, mas foi ele reconhecer seu estado e tomar
a decisão correta, pedir perdão ao pai, para ao menos ser tratado como um de
seus empregados.
O pedido do jovem não era nem para
ser reconhecido como filho, mas, ao menos, ser aceito pelo pai como empregado. Isso
representa o grau de ciência e o reconhecimento de seus erros, que entendia não
ser mais digno de ser considerado filho. Com tal reconhecimento, e com a
decisão tomada, dirige-se até à casa de seu pai.
Neste ponto da história há outra
observação interessante, e mostra que o foco da parábola é o pai e não o filho.
Narra-se que, quando o jovem ainda estava longe da casa, o pai o avistou e foi
ao seu encontro. O pai lhe abraça e não lhe dá sermão ou bronca, não lhe cobra explicações,
mas o abraça e lhe dá um beijo de perdão.
O filho pede perdão e ato contínuo
o pai lhe perdoa, determina aos seus empregados lhe trazerem as vestes e outros
adorno, que mostravam a sua nova condição, não de empregado, mas de filho, e
que preparassem e iniciassem imediatamente o churrasco, ou melhor, a festa,
justificando que este seu filho, jovem pródigo, estava morto e reviveu, estava
perdido e foi achado.
Se a história a Parábola fosse do
Filho Pródigo terminaria aqui, mas, apesar de linda, seria como as demais, e estaria
incompleta. Lembremo-nos, a parábola está sendo dita por Jesus aos Fariseus e
Escribas e é a história do pai que possuía dois filhos, portanto, continua.
O filho mais velho, que estava
trabalhando, chegou ouviu e viu a festa e perguntou a um empregado o que se
passava. O empregado lhe disse que seu irmão havia voltado e, por isso, seu pai
dava aquela festa. O filho mais velho ficou indignado com seu pai e tomou sua decisão,
a de não entrar na festa.
Como no caso do filho mais moço,
que o pai o avistou e foi em sua direção, novamente o pai vê, ou fica sabendo,
que o filho mais velho decidiu não participar da festa, e vai ao seu encontro
para demovê-lo da ideia e juntos festejarem.
O filho mais velho apresenta sua indignação
ao pai, destilando seu veneno contra seu irmão e concluindo que apesar de nunca
ter abandonado sua casa, sempre lhe ter servido, ter guardado seus mandamentos,
ele, seu pai, nunca havia sequer lhe dado um cabrito para se alegrar com seus
amigos.
A resposta do pai foi de que sempre
estiveram juntos, todas as coisas pertenciam a ambos, como quem diz, pensar que
o filho sempre esteve ali por vontade e desejo próprio, porque se alegrava em
estar na presença do pai, porque amava ao pai, podia ter feito a festa com seus
amigos (veja que o filho queria se alegrar com seus amigos), ou seja, o filho
estar em sua presença e cumprir seus mandamentos não deveria ser fardo, mas
alegria. Enquanto, o fato do outro filho ter se perdido e ser achado, estar morto
e ter revivido, era motivo de grande alegria.
O complemento se dá para os Fariseus
e Escribas entenderem que agiam como o filho mais velho, pois murmuravam por Jesus
se assentar, comer e se alegrar com Publicanos e Pecadores, enquanto com eles,
que se gloriavam de sempre terem guardado as leis de Deus e seus Mandamentos, serem
íntegros, baluartes da moralidade, não havia a mesma festa.
E, o complemento é para mostrar
que muitas vezes não nos identificamos com o Filho Pródigo, pois não nos
achamos tão pecadores como ele, pois, somos honestos, trabalhadores, pessoas de
boa índole, bons pais, bons filhos, bons maridos, frequentamos igrejas (caso de
alguns), ou seja, porque não dizer, somos como outro Filho, como Fariseus e
Publicanos.
Nestas três parábolas Deus mostra seu
grande amor a todos, em igual medida, e que TODOS, sem exceção, Publicanos,
Pecadores, Fariseus, Escribas, Filho Velho, Filho Novo, Brasileiros, Paulistas,
Piracicabanos, etc., precisam de redenção, pois, todos pecaram e foram destituídos
de Sua presença(10).
E, a única forma de se achegar
novamente a Ele, de obter a redenção, não é guardando sua lei e seus
mandamentos, sendo honesto, fazendo boas obras, mas, sim, pelo reconhecimento
da condição de pecador, pelo arrependimento e confissão dos pecados a Deus, pela
aceitação da obra da Cruz (Crucificação, Morte e Ressuscitação de Jesus
Cristo), e pela entrega da vida nas mãos de Deus.
____________________
(1) Lucas 15:1-2: (1) E
Chegavam-se a Ele todos os publicanos e pecadores para O ouvir. (2) E os
fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com
eles.
(2) Mateus 15:2 Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos
anciãos? pois não lavam as mãos quando comem pão.
(3) Lucas 15:4-7: (4) Que
homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto
as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la? (5) E
achando-a, a põe sobre os seus ombros, jubiloso; (6) E, chegando a casa,
convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei
a minha ovelha perdida. (7) Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um
pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não
necessitam de arrependimento.
(4) Romanos 3:23: Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
(5) Romanos 5:12: Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e
pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que
todos pecaram.
(6) Atos 2:38: E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja
batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom
do Espírito Santo;
(7) Lucas 15:8-10: (8) Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a
candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? (9) E achando-a,
convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a
dracma perdida. (10) Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por
um pecador que se arrepende.
(8) Lucas 15:11-32: (11) E disse: Um certo homem tinha dois filhos; (12) E o mais moço deles disse
ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a
fazenda. (13) E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu
para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo
dissolutamente. (14) E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma
grande fome, e começou a padecer necessidades. (15) E foi, e chegou-se a um dos
cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar
porcos. (16) E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos
comiam, e ninguém lhe dava nada. (17) E, tornando em si, disse: Quantos
jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! (18) Levantar-me-ei,
e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
(19) Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
(20) E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o
seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e
o beijou. (21) E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já
não sou digno de ser chamado teu filho. (22) Mas o pai disse aos seus servos:
Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e
alparcas nos pés; (23) E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e
alegremo-nos; (24) Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se
perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. (25) E o seu filho mais velho
estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as
danças. (26) E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. (27) E
ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o
recebeu são e salvo. (28) Mas ele se indignou, e não queria entrar. (29) E
saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te
sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste
um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; (30) Vindo, porém, este teu
filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro
cevado. (31) E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas
coisas são tuas; (32) Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu
irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.
(9) E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
(10) Romanos 3:23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus;
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