segunda-feira, 9 de março de 2015

Porque não vou comparecer ao Ato pelo Impeachment

Há tempos venho acompanhando a guerra PT x PSDB ou PSDB x PT, como queiram ou como cada fanático fale!

Primeiro, quero deixar registrado que não sou filiado e nem simpatizante do PSDB, nem do PT.

Nas últimas eleições votei, em nível Federal, no primeiro turno, para Marina Silva (PSB) e em segundo turno para Aécio Neves (PSDB), neste mais por exclusão do que por vontade ou por me alinhar com suas ideias.

À época disse as razões pelas quais não votaria em Dilma, que eram: 1º Não voto em candidato a reeleição (isto vale para o Governo Estadual também, como se verá um pouco mais abaixo); 2º Entendia que a educação ia mal, e ainda vai, em que pese saber que o Governo Estadual tem muita responsabilidade nisso também (e é por isso que o mesmo se aplica ao candidato da situação do Estado de São Paulo, como será falado mais abaixo); 3º Entendia que a economia ia mal, isso se confirmou ao ver que o Ministro da Fazenda da época foi demitido e nomeado novo Ministro com posicionamento doutrinário diametralmente oposto, e que recentemente expôs publicamente que considerava a política econômica anterior desastrosa;  Em suma, que o Governo Dilma não havia conseguido sequer manter o que de bom o Governo Lula fez, e que por isso não merecia o segundo mandato.

Ainda em nível Federal votei em Eduardo Suplici (PT), Senador, e João Pauli (PV), Deputado Federal.

Já em nível Estadual votei em Paulo Skaf (PMDB), Governador, pois assim como a Dilma entendia que Alckmin não merecia novo mandato, e, reitero, não voto em candidato à reeleição, e em Roberto Felício (PT), Deputado Estadual.

Alguém poderá dizer que meu voto é incoerente, pois votei em candidatos sem afinidade política entre eles, e sim é verdade, mas a grande razão disto ocorrer é que escolho candidatos por eles, pelas pessoas deles, e não por partidos ou ideologia, até porque, com o devido respeito, na grande maioria as ideologias partidárias são relegadas a segundo, terceiro, .... milésimo, plano. Haja vista alianças espúrias que se fazem todos os dias, das quais destaco como mais emblemáticas e de difícil digestão foram PT x Paulo Maluf, Collor, Sarney.

Feita tal digressão, vou ao ponto que quer analisar, comentar, debater!!!

Compreendo que o debate político é apaixonante, porém, a guerra instalada nas redes sociais entre fundamentalistas das duas maior agremiações PT x PSDB ou PSDB x PT, é enfadonha, chata e em nada contribui para o crescimento do debate político e da Democracia.

Debate democrático, que engrandece a Democracia, é aquele em que cada parte expõe seus feitos, suas realizações, suas ideias e seus ideais. A guerra lançada nas redes sociais é Kamikaze, leva ao ódio, destrói a democracia, e leva o Brasil ao fundo do poço.

Explico, a guerra entre simpatizantes dessas duas agremiações é tão bizarra, que ambos os lados se restringem a atacar os representantes e simpatizantes dos outros, o Petista posta foto e comentários acusando os Pesdebistas de serem os maiores corruptos do País, já o Pesdebista posta fotos e comentários dizendo que os Petistas são o maiores corruptos. Ora, às favas para quem é o maior corrupto, QUERO UM PAÍS LIVRE DESTES!!!

É hora do brasileiro consciente, cidadão, honesto, e trabalhador, focar na solução para a crise em que está mergulhado o país. Aguardar que a Justiça julgue os suspeitos, repita-se, suspeitos, pois a lei garante o princípio da inocência, condene quem deve ser condenado, absolva quem deva ser absolvido.

Vi a seguinte frase esses dias: Não vou comparecer ao ato do dia 15/03 (impeachment), pois já compareci em outubro. Como disse anteriormente, considero-me neutro, sem preferências por PT ou PSDB, e a fase certamente foi dita por algum simpatizante do PT, porém, concordo com a frase, o último pleito eleitoral concedeu mandato à Dilma, por isso ela deve ser a encarregada de conduzir o país para fora desta crise.

É importante ser frisado que até o momento não houve nenhuma prova de que Dilma tenha participado do assalto à Petrobrás, por isso não há razões para impeachment. Assim como, diga-se de passagem, não há nada que ligue Aécio aos malfeitos contra a Petrobrás, digo isso porque numa dessas ridículas acusações, vi a insinuação de que como candidato Aécio teria recebido doações das empreiteiras acusadas na Lava a Jato. Vale lembrar que ambos, Dilma e Aécio, receberam tais doações e isto, em primeira análise ainda não é crime. Esta conclusão é guiada pelo que o Ministério Público e a Polícia Federal apuraram até o presente momento, caso surjam fatos novos será revista.

Caminhando para o fim, alguém poderá dizer que a crise em que o país está mergulhado é resultado da má gestão do governo atual, de sua incompetência, porém, incompetência, má gestão, não é passível de impeachment, isto é Democracia, na qual se corrige a má gestão e a incompetência nas urnas, agora só em 2018.

Ah, não vou comparecer ao ato em favor da Petrobrás também, pois pela Lei Anticorrupção sancionada recentemente pela Presidente Dilma pessoas jurídicas corruptas também devem ser punidas.

Disposto a dialogar, sem baixarias, com Petistas, Pesdebistas, ou quem quer que seja!!!

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