Por
diversas vezes me manifestei que era CONTRA o impeachment da Dilma, pois havia
sido eleita, democraticamente, pela maioria e é da essência do regime
democrático que a maioria se impõe sobre a minoria (em que pese o conceito de
maioria e minoria nas eleições ser um pouco questionável, pois se fossem
levados em consideração os votos brancos e nulos e abstenções teríamos mudança
do quadro).
Até
então me pautava pela ausência de crimes imputáveis à Dilma, pois a única coisa
havia era a questão das pedaladas fiscais e as mentiras usadas durante a
campanha. Porém, o Parecer do TCU é apenas opinativo, não é julgamento, este é
feito pelo Congresso Nacional, e este ainda não se posicionou expressamente
sobre o assunto.
Mas
a partir do momento em que se confirmam as doações irregulares, que praticamente
TODOS os partidos receberam, especialmente os que disputaram a Presidência,
mudei minha opinião.
Hoje
sou favorável ao impeachment da Dilma, não porque o Lula possui Triplex no Guarujá
ou sítio em Atibaia, esse crime, se comprovado, somente prejudica ao próprio
Lula, não transfere responsabilidade à Dilma, mas porque para a sua eleição não
foi respeitado um dos princípios democráticos mais caros, o respeito às Leis.
O
problema é que, assim como Dilma, Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Aécio
Neves, Delcídio, Humberto Costa, Gleise Hoffmann, Edison Lobão, dentre inúmeros
outros, também ocupam seus cargos indevidamente, pois se locupletaram
indevidamente e/ou foram eleitos com recursos vindo de corrupção (no mínimo pairam severas dúvidas).
A
grande questão é que a classe política, especialmente a de Brasília, está sem condições
morais, sem credibilidade, para governar o País.
Por
isso, não sou a favor SOMENTE do impeachment, SOU A FAVOR DO IMPEACHMENT DA
DILMA E DO TEMER e de uma RENÚNCIA COLETIVA, pois não podemos ser governados por
pessoas sem escrúpulos, que não tenham credibilidade ou moral.
Max Fernando Pavanello
Max, tem instrumento para isso; pois dizer ao outro renunciar é uma coisa, mas a renúncia é coletiva tinha de haver um documento em conjunto. Isso foi jogado por um ministro do supremo, depois pelo FHC de saudosa memória, ao menos para quem mora em Paris.
ResponderExcluirCaro Camilo, a primeira pessoa que ouvi dizer a cerca de renúncia coletiva foi Luciana Genro, apesar de não concordar com quase nada do que ela fala, dessa vez concordei. Agora, a Renúncia Coletiva é uma utopia, exatamente, por não existir um mecanismo para isso. Sempre teríamos algum aproveitador que não renunciaria para obter alguma vantagem. Renúncia Coletiva mais uma provocação. A verdade é que poucos, mas pouquíssimos políticos de hoje me fazem sentir-me representado.
ResponderExcluirEm tempo: Camilo, obrigado pela sua manifestação, é uma honra saber que você leu o texto.
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