TEXTO PUBLICADO NO JORNAL DE PIRACICABA DE 24/01/2013.
Lendo a coluna publicada por Jaime Leitão, no Jornal de Piracicaba, edição de 22/01/2012, sobre o baixo índice de aprovação no exame da OAB, é de se parabenizá-lo pela conclusão de que o problema é a baixa qualidade do ensino jurídico. Muitos ao fazer a mesma análise têm concluído que o Exame de Ordem está muito difícil, que deveria acabar, ou algo que o valha.
Lendo a coluna publicada por Jaime Leitão, no Jornal de Piracicaba, edição de 22/01/2012, sobre o baixo índice de aprovação no exame da OAB, é de se parabenizá-lo pela conclusão de que o problema é a baixa qualidade do ensino jurídico. Muitos ao fazer a mesma análise têm concluído que o Exame de Ordem está muito difícil, que deveria acabar, ou algo que o valha.
Segundo o artigo 6º da Lei 8906/94, não há
hierarquia entre juiz, promotor e advogado. O dois primeiros, assim como
advogados, são egressos do mesmo curso, o de Direito, ou seja, não cursamos na
faculdade o curso de advocacia, aliás, não existe graduação em advocacia. Ainda, os
dois primeiros são investidos no cargo por meio de concurso público, e o
bacharel de direito passar por Exame de Ordem, além de servir como mecanismo de
proteção da sociedade, da cidadania, serve como forma de equilibrar os
operadores do direito, colocar todos no mesmo grau de hierarquia.
É de se ficar
perplexo com a afirmação indignada que muitas vezes ouvimos, de que o Exame de
Ordem está tão difícil quanto o concurso para Magistratura ou para o Ministério
Público, ora, para o advogado ter o mesmo grau de hierarquia que juiz ou
promotor, necessariamente deverá se qualificar de igual forma e se submeter a
provas de mesmo nível.
O que se impõe não é a facilitação do Exame de Ordem,
pois se seu grau de exigência estivesse acima do possível, não teríamos cerca
de 20 universidades com aprovação média igual ou superior a 70%. Não se pode
nivelar o ensino jurídico por baixo, tomando-se por base as universidades com
índices pífios.
Aliás, o MEC tem sinalizado essa intenção de se nivelar por
cima o ensino, não só de direito, mas o universitário, fechando faculdades,
cursos, etc., sem entrar no mérito sobre o método de avaliação do MEC, se certo
ou errado, mas já é um começo.
Sobre os chamados cursinhos de direito, se
estiverem sendo beneficiados indevidamente deve-se de fato investigar, mas, sem
puritanismo, a verdade é que, a proliferação das faculdades de direito é uma
das causas do baixo nível do ensino jurídico, no Brasil temos cerca de 1200
cursos de direito, sendo que no MUNDO são cerca de 1100, assim sendo, e com os
índices de reprovação em níveis estratosféricos, os cursinhos são um excelente
nicho de mercado.
Excelente análise.
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