terça-feira, 29 de setembro de 2020

Meio Ambiente - Uma Piracicaba Sustentável


Cenário

A primeira divisão físico-territorial de organização do município é Área Rural e Área Urbana. Dois pontos são de suma relevância a proteção hídrica e ambiental, de núcleos urbanos, urbanos isolados e de desenvolvimento rural.

Em recente estudo técnico foi possível diagnosticar bacias hidrográficas que necessitam de preservação devido à relevância dos seus recursos hídricos como produtoras de água para abastecimento público.

As áreas de risco podem ser divididas em inundação, solapamento ou deslizamento, onde se pretende elaborar um programa de risco para cada uma destas áreas, podendo estabelecer restrições quanto ao uso e ocupação do solo. O mapeamento das áreas de vulnerabilidade permite que sejam adotadas políticas públicas específicas para cada área apontada no mapa, visando reverter o quadro socioeconômico-territorial existente.

Outra questão pertinente é a Regularização Fundiária em Piracicaba, que precisa de mecanismos e critérios para tratar da incorporação dos loteamentos irregulares e a titulação de seus ocupantes. Vale lembrar que somente com a regularização dos núcleos urbanos informais consolidados seus moradores terão a possibilidade de conquistar a propriedade individual dos seus imóveis.

A ideia é permitir maior adensamento populacional nas regiões onde há infraestrutura disponível e controlar o adensamento nas regiões mais periféricas. Para que isso seja possível deve levar em consideração os parâmetros urbanísticos (exemplo: coeficiente de aproveitamento do lote), e os instrumentos urbanísticos previstos no Estatuto das Cidades.

O Rio Piracicaba fornece 20m3 por segundo, o Sistema Cantareira tira dos formadores do Rio Piracicaba em torno de 28m3 por segundo, ou seja, o sistema Cantareira tira mais que um Rio Piracicaba dos seus formadores para abastecer São Paulo.

 

Hídrico

Atualmente o SEMAE é o responsável pelo tratamento Hídrico e ainda adota um formato convencional que é físico, químico e clássico. Vale lembrar que é um ótimo tratamento. No entanto ele não considera um fator determinante no tratamento, visto que o Rio Piracicaba tem muitas algas nessa época do ano e muita carga orgânica, o chamado dbo. Por isso, o Rio de Piracicaba não é a fonte de abastecimento do município, e a principal fonte coletora é o Rio Corumbataí. A bacia do Rio Piracicaba tem água possui água dele é muito melhor para o abastecimento do que Rio Piracicaba.

Só que não se leva em conta que o Rio Corumbataí apresenta problemas de assoreamento, falta de mata ciliar, é um manancial que já vem sofrendo muito. Antes de chegar em Piracicaba ele passa por Rio Claro, que é uma cidade sem tem tratamento terciário. O que significa: Água com fósforo e nitrato, para tirá-los dentro de um tratamento físico e químico 175 básico não é fácil, não é simples, a estiagem gera o problema de se tratar essa água, por conta desse contaminantes.

Na época de baixas não é possível tratar o Rio Piracicaba, pois não temos um sistema de tratamento terciário, diferente do convencional que é o adotado pelo SEMAE adota, essa forma de tratamento seria com osmose reversa e nanoinfiltração. Outro agravante do tratamento físico químico com estiagem é a turbidez (sólidos em suspensão), quando se tem barro na água é muito mais fácil de tratar.

 

Arborização

Em Piracicaba temos o Viveiro Municipal, que presta um bom serviço, mais ainda precisam de melhorias. A sociedade tem acesso as mudas que têm interesse e disponibilidade, só que falta educação ambiental e conhecimento técnico. O cidadão retira as mudas, mas não recebem informações do que precisam fazer, faltam técnicas de irrigação, informações do local em que elas serão plantadas, tudo isso precisa ser preparado antes.

Ao retirar uma muda de planta a pessoa precisaria receber mais um aprofundamento mais técnico em cima da arborização das cidades, hoje o SEDEMA bate de porta em porta, se a pessoa aceitar planta-se a árvore, sem preocupação com o tamanho que a árvore vai ficar, sem preocupação com o espaço para a raiz crescer, sem pensar nos problemas com a fiação local.

No momento Piracicaba precisa ter um plano plurianual de arborização, com objetivos e metas claras e alcançadas para termos uma cidade arborizada. É necessário se diagnosticar os bairros menos arborizados e se criar um padrão de arborização, usando o viveiro de mudas para abastecer o sistema. Uma opção para essa realização é para isso pode-se captar verbas do FEHIDRO, verbas do consórcio do PCJ, verbas de áreas de app, projetos com fundações de fora do país, tudo com um plano de metas alcançáveis.

Cada árvore necessita de uma dimensão de espaço para sua raiz, para a raiz absorver nutrientes, então ela começa a quebrar a calçada em busca de nutrientes quando não há espaço.

Árvores primárias são menores.

Árvores secundárias precisam de um cuidado maior senão elas morrem.

Como em outras áreas, o primeiro problema que se detecta para se falar em Meio Ambiente é a falta de transparências nos dados apresentados pela Prefeitura de Piracicaba. Piracicaba somente avançará se for uma CIDADE TRANSPARENTE.

Segundo o Boletim nº 24[1] , de dezembro de 2019, produzido pelo Observatório Cidadão de Piracicaba, que é uma rede de entidades e cidadãos interessados em contribuir com os processos de transparência pública e participação social do município, composto por entidades sérias como CASVI, Imaflora, PASCA, Pira 21, Florespi, OAB/SP Piracicaba e UNESP/Rio Claro, o melhor nível de transparência alcançado pelo Poder Executivo de Piracicaba é de 48%, conforme segue:


Imagem não compatível com esse blog, para o projeto com imagens solicite via 

 WhatsApp (19) 9.9980.1591



 E, quando se fala em Meio Ambiente não é diferente, faltam transparência e informações sobre a Parceria Público Privada do SEMAE e Águas do Mirante, em relação ao plano de arborização da cidade, dentre outras. 

Outro problema que se detecta, é a falta de integração entre as secretarias municipais, falta de diálogo e trabalhos coordenados. Para se fazer um bom diagnóstico e 177 apresentar soluções na questão ambiental, é primordial que haja integração das secretarias, pois não se pode tratar o meio ambiente como algo a parte, fora do contexto.

A pauta ambiental tem que dialogar com as demais áreas do município, por exemplo, não se pode dissociar o meio ambiente do saneamento, saneamento, da gestão de resíduos sólidos, da área jurídica. Quando se fala em educação ambiental, tem que haver integração com a secretaria da educação, de secretaria de cultura. Porém, infelizmente, não é o que se assiste hoje em Piracicaba.

Apesar do famoso rio que corta a cidade e que lhe dá o nome, Piracicaba tem sofrido com falta de água, há notícias de bairros que chegam a ficar dias sem água. Porém, o executivo tem feito ouvidos moucos, e tem empurrado o problema, sem apresentar solução séria e convincente, apesar de “rios” de dinheiros gastos.

O meio ambiente em Piracicaba clama por mudanças bruscas e urgentes!

 

As mudanças que Piracicaba precisa:

1ª. TRANSPARÊNCIA DAS INFORMAÇÕES

Piracicaba somente avançará sendo uma CIDADE TRANSPARENTE. A transparência das informações permite que os problemas sejam detectados, haja planejamento, tomada de decisões e ações e que os rumos sejam corrigidos.

 

2ª. INTEGRAÇÃO ENTRE SECRETARIAS

Conforme apontamos no diagnóstico feito acima, a pasta do meio ambiente precisa dialogar e tomar medidas coordenadas com as demais secretarias, pois o meio ambiente não pode ser tratado isoladamente.

 

3ª. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Projeto a ser desenvolvido especialmente com a Secretaria de Educação e com a Secretaria de Cultura para enraizar a educação e a cultura de preservação do meio ambiente em crianças, jovens e adultos.

Em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, integrando entidades como FIESP, CIESP, SIMESPI, ACIPI, dentre outras, promover a discussão e o debate sobre a preservação dentro das empresas.

 

4ª. CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Para aprovação de novos empreendimentos imobiliários, especialmente os condomínios e loteamentos de médio e alto padrão, precisa ser obrigatória a apresentação de projeto de captação e reaproveitamento da água das chuvas.

 

5ª. PROJETO DE ARBORIZAÇÃO

No quesito arborização, em estudo feito pelo consórcio PCJ, Piracicaba possui níveis de arborização piores do que a cidade de São Paulo.

Recentemente, foi feito plano de arborização por empresa especialmente contratada para esse fim.

Colocar referido plano em aplicação é essencial, pois, não se pode jogar fora o que já se fez, porém, além de colocá-lo em ação e vamos aprimorá-lo para melhorar sua eficácia. Vamos promover o reflorestamento das áreas de preservação permanentes – APPs, recuperação de nascentes, arborização de ruas e avenidas e arborização das áreas rurais, dos produtores de bens ambientais.

Criar metas de arborização por bairro a fim de que seja traçando plano plurianual com metas atingíveis e dando-lhe andamento sustentável.

 

6ª. TELHADO VERDE O conceito de telhado verde tem relação com o principal material que compõe esse tipo de cobertura: plantas. Ao invés de se usar telhas de cerâmica, aço ou qualquer outro material duro, usa-se vegetação aparente.

O objetivo não é só decorativo, mas, visa à economia de energia, tornando a edificação sustentável e aliada do meio ambiente.

Alguns sistemas de telhado verde são inteligentes o suficiente a ponto de reter um pouco da água de chuva para irrigar a planta em tempos secos.

Algumas vantagens do telhado verde:

a) Conforto térmico e acústico. Como é feito de vegetação, impede que o calor entre, tornando a temperatura interna mais agradável, e propicia a diminuição do som no ambiente interno, conferindo ao local o baixo índice de ruído, aumentando qualidade de vida e bem-estar de quem ocupa o prédio.

b) Retenção de água da chuva para irrigar a vegetação do telhado em épocas de seca é uma grande vantagem que tira a preocupação de como manter o telhado bonito e vivo.

c) Diminuição da poluição ao redor do prédio por conta do processo de fotossíntese que a vegetação do telhado realiza normalmente.

O poder executivo pode incentivar essa prática concedendo incentivos fiscais, que vão desde a diminuição de burocracia até o desconto em impostos, especialmente no caso de novos empreendimentos imobiliários, que apresentem o projeto nesse sentido.

 

7ª. RESÍDUOS SÓLIDOS

Conforme conceituado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), por resíduos sólidos se entende: “todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade”.

O resíduo descartado pode ser útil para outras pessoas, quer na sua forma original, quer por meio de transformações.

Ademais, a gestão inadequada desses resíduos pode acarretar impactos ao meio ambiente, como contaminação de corpos d’água, atração de vetores de doenças (insetos, roedores e urubus), geração de gases poluentes, etc.

Por isso, implantaremos plano de gestão de resíduos sólidos, já nos primeiros dias de governo.

 

8ª. TRATAMENTO DE ÁGUA

Tratamento osmose reversa e nanoinfiltração, atualmente existe o tratamento de coagulação e decantação (dosa-se um produto químico para fazer as sujeiras se juntarem e caírem com o peso delas no fundo do decantador, os contaminantes grudam, se juntam e caem). Vale lembrar que se há pouca dessa sujeira não se consegue fazer essa reação físico química, por isso se usa o cloro, mas causam os organoclorados, que são subprodutos que agem com essa contaminação da água, trazendo outros problemas, exemplo, o cloro reage com um tipo de alga, gerando THN trilometanos, são um dos problemas principais para o tratamento da nossa água.


Max Pavanello – 12.222

Trabalho, Seriedade e Competência

 

Projeto desenvolvido em parceria:

- Jhullia Matos – 12.400

- Bruna Togni - Jornalista

 

Parte integrante do Projeto de Desenvolvimento de Piracicaba do PDT de Piracicaba (propostas de governo de Carolina Angelelli, candidata a Prefeita de Piracicaba, eleições 2020).




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