Cenário
A primeira divisão físico-territorial de
organização do município é Área Rural e Área Urbana. Dois pontos são de suma
relevância a proteção hídrica e ambiental, de núcleos urbanos, urbanos isolados
e de desenvolvimento rural.
Em recente estudo técnico foi possível
diagnosticar bacias hidrográficas que necessitam de preservação devido à
relevância dos seus recursos hídricos como produtoras de água para
abastecimento público.
As áreas de risco podem ser divididas em
inundação, solapamento ou deslizamento, onde se pretende elaborar um programa
de risco para cada uma destas áreas, podendo estabelecer restrições quanto ao
uso e ocupação do solo. O mapeamento das áreas de vulnerabilidade permite que
sejam adotadas políticas públicas específicas para cada área apontada no mapa,
visando reverter o quadro socioeconômico-territorial existente.
Outra questão pertinente é a Regularização
Fundiária em Piracicaba, que precisa de mecanismos e critérios para tratar da
incorporação dos loteamentos irregulares e a titulação de seus ocupantes. Vale
lembrar que somente com a regularização dos núcleos urbanos informais consolidados
seus moradores terão a possibilidade de conquistar a propriedade individual dos
seus imóveis.
A ideia é permitir maior adensamento
populacional nas regiões onde há infraestrutura disponível e controlar o
adensamento nas regiões mais periféricas. Para que isso seja possível deve
levar em consideração os parâmetros urbanísticos (exemplo: coeficiente de
aproveitamento do lote), e os instrumentos urbanísticos previstos no Estatuto
das Cidades.
O Rio Piracicaba fornece 20m3 por segundo, o
Sistema Cantareira tira dos formadores do Rio Piracicaba em torno de 28m3 por
segundo, ou seja, o sistema Cantareira tira mais que um Rio Piracicaba dos seus
formadores para abastecer São Paulo.
Hídrico
Atualmente o SEMAE é o responsável pelo
tratamento Hídrico e ainda adota um formato convencional que é físico, químico
e clássico. Vale lembrar que é um ótimo tratamento. No entanto ele não
considera um fator determinante no tratamento, visto que o Rio Piracicaba tem
muitas algas nessa época do ano e muita carga orgânica, o chamado dbo. Por
isso, o Rio de Piracicaba não é a fonte de abastecimento do município, e a
principal fonte coletora é o Rio Corumbataí. A bacia do Rio Piracicaba tem água
possui água dele é muito melhor para o abastecimento do que Rio Piracicaba.
Só que não se leva em conta que o Rio
Corumbataí apresenta problemas de assoreamento, falta de mata ciliar, é um
manancial que já vem sofrendo muito. Antes de chegar em Piracicaba ele passa
por Rio Claro, que é uma cidade sem tem tratamento terciário. O que significa:
Água com fósforo e nitrato, para tirá-los dentro de um tratamento físico e
químico 175 básico não é fácil, não é simples, a estiagem gera o problema de se
tratar essa água, por conta desse contaminantes.
Na época de baixas não é possível tratar o Rio
Piracicaba, pois não temos um sistema de tratamento terciário, diferente do
convencional que é o adotado pelo SEMAE adota, essa forma de tratamento seria
com osmose reversa e nanoinfiltração. Outro agravante do tratamento físico
químico com estiagem é a turbidez (sólidos em suspensão), quando se tem barro
na água é muito mais fácil de tratar.
Arborização
Em Piracicaba temos o Viveiro Municipal, que
presta um bom serviço, mais ainda precisam de melhorias. A sociedade tem acesso
as mudas que têm interesse e disponibilidade, só que falta educação ambiental e
conhecimento técnico. O cidadão retira as mudas, mas não recebem informações do
que precisam fazer, faltam técnicas de irrigação, informações do local em que
elas serão plantadas, tudo isso precisa ser preparado antes.
Ao retirar uma muda de planta a pessoa
precisaria receber mais um aprofundamento mais técnico em cima da arborização
das cidades, hoje o SEDEMA bate de porta em porta, se a pessoa aceitar
planta-se a árvore, sem preocupação com o tamanho que a árvore vai ficar, sem
preocupação com o espaço para a raiz crescer, sem pensar nos problemas com a
fiação local.
No momento Piracicaba precisa ter um plano
plurianual de arborização, com objetivos e metas claras e alcançadas para
termos uma cidade arborizada. É necessário se diagnosticar os bairros menos
arborizados e se criar um padrão de arborização, usando o viveiro de mudas para
abastecer o sistema. Uma opção para essa realização é para isso pode-se captar
verbas do FEHIDRO, verbas do consórcio do PCJ, verbas de áreas de app, projetos
com fundações de fora do país, tudo com um plano de metas alcançáveis.
Cada árvore necessita de uma dimensão de espaço
para sua raiz, para a raiz absorver nutrientes, então ela começa a quebrar a
calçada em busca de nutrientes quando não há espaço.
Árvores primárias são menores.
Árvores secundárias precisam de um cuidado
maior senão elas morrem.
Como em outras áreas, o primeiro problema que
se detecta para se falar em Meio Ambiente é a falta de transparências nos dados
apresentados pela Prefeitura de Piracicaba. Piracicaba somente avançará se for
uma CIDADE TRANSPARENTE.
Segundo o Boletim nº 24[1] , de dezembro de 2019,
produzido pelo Observatório Cidadão de Piracicaba, que é uma rede de entidades
e cidadãos interessados em contribuir com os processos de transparência pública
e participação social do município, composto por entidades sérias como CASVI,
Imaflora, PASCA, Pira 21, Florespi, OAB/SP Piracicaba e UNESP/Rio Claro, o
melhor nível de transparência alcançado pelo Poder Executivo de Piracicaba é de
48%, conforme segue:
Imagem não compatível com esse blog, para o projeto com imagens solicite via
Outro problema que se detecta, é a falta de
integração entre as secretarias municipais, falta de diálogo e trabalhos
coordenados. Para se fazer um bom diagnóstico e 177 apresentar soluções na
questão ambiental, é primordial que haja integração das secretarias, pois não
se pode tratar o meio ambiente como algo a parte, fora do contexto.
A pauta ambiental tem que dialogar com as demais
áreas do município, por exemplo, não se pode dissociar o meio ambiente do
saneamento, saneamento, da gestão de resíduos sólidos, da área jurídica. Quando
se fala em educação ambiental, tem que haver integração com a secretaria da
educação, de secretaria de cultura. Porém, infelizmente, não é o que se assiste
hoje em Piracicaba.
Apesar do famoso rio que corta a cidade e que
lhe dá o nome, Piracicaba tem sofrido com falta de água, há notícias de bairros
que chegam a ficar dias sem água. Porém, o executivo tem feito ouvidos moucos,
e tem empurrado o problema, sem apresentar solução séria e convincente, apesar
de “rios” de dinheiros gastos.
O meio ambiente em Piracicaba clama por
mudanças bruscas e urgentes!
As mudanças que Piracicaba precisa:
1ª. TRANSPARÊNCIA DAS INFORMAÇÕES
Piracicaba somente avançará sendo uma CIDADE
TRANSPARENTE. A transparência das informações permite que os problemas sejam
detectados, haja planejamento, tomada de decisões e ações e que os rumos sejam
corrigidos.
2ª. INTEGRAÇÃO ENTRE SECRETARIAS
Conforme apontamos no diagnóstico feito acima,
a pasta do meio ambiente precisa dialogar e tomar medidas coordenadas com as
demais secretarias, pois o meio ambiente não pode ser tratado isoladamente.
3ª. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Projeto a ser desenvolvido especialmente com a
Secretaria de Educação e com a Secretaria de Cultura para enraizar a educação e
a cultura de preservação do meio ambiente em crianças, jovens e adultos.
Em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, integrando entidades como FIESP, CIESP, SIMESPI, ACIPI, dentre
outras, promover a discussão e o debate sobre a preservação dentro das
empresas.
4ª. CAPTAÇÃO DE ÁGUA
Para aprovação de novos empreendimentos
imobiliários, especialmente os condomínios e loteamentos de médio e alto
padrão, precisa ser obrigatória a apresentação de projeto de captação e
reaproveitamento da água das chuvas.
5ª. PROJETO DE ARBORIZAÇÃO
No quesito arborização, em estudo feito pelo
consórcio PCJ, Piracicaba possui níveis de arborização piores do que a cidade
de São Paulo.
Recentemente, foi feito plano de arborização
por empresa especialmente contratada para esse fim.
Colocar referido plano em aplicação é
essencial, pois, não se pode jogar fora o que já se fez, porém, além de
colocá-lo em ação e vamos aprimorá-lo para melhorar sua eficácia. Vamos
promover o reflorestamento das áreas de preservação permanentes – APPs,
recuperação de nascentes, arborização de ruas e avenidas e arborização das
áreas rurais, dos produtores de bens ambientais.
Criar metas de arborização por bairro a fim de
que seja traçando plano plurianual com metas atingíveis e dando-lhe andamento
sustentável.
6ª. TELHADO VERDE O conceito de telhado verde
tem relação com o principal material que compõe esse tipo de cobertura:
plantas. Ao invés de se usar telhas de cerâmica, aço ou qualquer outro material
duro, usa-se vegetação aparente.
O objetivo não é só decorativo, mas, visa à
economia de energia, tornando a edificação sustentável e aliada do meio
ambiente.
Alguns sistemas de telhado verde são
inteligentes o suficiente a ponto de reter um pouco da água de chuva para
irrigar a planta em tempos secos.
Algumas vantagens do telhado verde:
a) Conforto térmico e acústico. Como é feito de
vegetação, impede que o calor entre, tornando a temperatura interna mais
agradável, e propicia a diminuição do som no ambiente interno, conferindo ao
local o baixo índice de ruído, aumentando qualidade de vida e bem-estar de quem
ocupa o prédio.
b) Retenção de água da chuva para irrigar a
vegetação do telhado em épocas de seca é uma grande vantagem que tira a
preocupação de como manter o telhado bonito e vivo.
c) Diminuição da poluição ao redor do prédio
por conta do processo de fotossíntese que a vegetação do telhado realiza
normalmente.
O poder executivo pode incentivar essa prática
concedendo incentivos fiscais, que vão desde a diminuição de burocracia até o
desconto em impostos, especialmente no caso de novos empreendimentos
imobiliários, que apresentem o projeto nesse sentido.
7ª. RESÍDUOS SÓLIDOS
Conforme conceituado pela Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), por resíduos sólidos se entende: “todo material,
substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em
sociedade”.
O resíduo descartado pode ser útil para outras
pessoas, quer na sua forma original, quer por meio de transformações.
Ademais, a gestão inadequada desses resíduos
pode acarretar impactos ao meio ambiente, como contaminação de corpos d’água,
atração de vetores de doenças (insetos, roedores e urubus), geração de gases
poluentes, etc.
Por isso, implantaremos plano de gestão de
resíduos sólidos, já nos primeiros dias de governo.
8ª. TRATAMENTO DE ÁGUA
Tratamento osmose reversa e nanoinfiltração,
atualmente existe o tratamento de coagulação e decantação (dosa-se um produto
químico para fazer as sujeiras se juntarem e caírem com o peso delas no fundo
do decantador, os contaminantes grudam, se juntam e caem). Vale lembrar que se
há pouca dessa sujeira não se consegue fazer essa reação físico química, por
isso se usa o cloro, mas causam os organoclorados, que são subprodutos que agem
com essa contaminação da água, trazendo outros problemas, exemplo, o cloro
reage com um tipo de alga, gerando THN trilometanos, são um dos problemas
principais para o tratamento da nossa água.
Max Pavanello – 12.222
Trabalho, Seriedade e Competência
Projeto desenvolvido em parceria:
- Jhullia Matos – 12.400
- Bruna Togni - Jornalista
Parte integrante do Projeto de Desenvolvimento de Piracicaba do PDT de Piracicaba (propostas de governo de Carolina Angelelli, candidata a Prefeita de Piracicaba, eleições 2020).
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