segunda-feira, 28 de setembro de 2020

PLANO DE DESENVOLVIMENTO EM INTERNACIONALIZAÇÃO (PMDI): PIRACICABA/SP

 

COMÉRCIO EXTERIOR

PLANO DE DESENVOLVIMENTO EM INTERNACIONALIZAÇÃO (PMDI): PIRACICABA/SP

 

 

1º - CENÁRIO ATUAL

Piracicaba ocupa hoje a 6ª posição do ranking de exportações e a 10ª no ranking de importações dentro do Estado de São Paulo. Portanto, o Comércio Exterior já ocupa posição relevante na economia local.

 

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Nosso maior parceiro comercial é os Estados Unidos, seguido de Chile e China países com os quais mantemos intenso relacionamento comercial.

 

Apesar de bom volume de exportações e importações, que garantem enquadramento no TOP 10 do Estado de São Paulo, é possível detectarmos alguns problemas que podem deixar a cidade vulnerável.

 

Um problema claro que se detecta é a concentração de volume de exportações e importações em apenas duas empresas.

 

Nossas exportações estão concentradas nos produtos da Caterpillar, que representam 59%.

 

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Já quando se fala em importações, a concentração se verifica em produtos da Hyundai.


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Portanto, o que se verifica, é que, apesar de números relativamente bons, podemos melhorar, e precisamos diversificar para eliminarmos concentração nas duas empresas, uma que concentra as exportações, outra que concentra as exportações, pois deixa a cidade vulnerável à crises nos seus ramos de atividade, por exemplo.

 

2 – PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO EM INTERNACIONALIZAÇÃO - PMDI

O plano que pretendemos implantar recebe o nome de Plano Municipal de Desenvolvimento em Internacionalização – PMDI.

 

“A internacionalização é o processo pelo qual um ente incrementa o nível das suas atividades de valor com entes fora do país de origem.” (MEYER, 1996)

 

a)        Os Pilares: Nosso PMDI possui 4 pilares de Atração de Empresas, Investimento, Turismo e Educação e Cultura, sendo que, esses 4 pilares convergem para seu objetivo principal, a internacionalização de Piracicaba.

 

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b)        Os Objetivos: dentre os objetivos do PMDI que podermos destacar estão a busca de alternativas para recessão de mercados; gerar conexões com culturas diferentes; buscar avanços no desenvolvimento de tecnologias; atrair o turismo regional, nacional e internacional; atrair novos negócios e empresa, de modo sustentável; melhorar a qualidade de vida (social, ambiental, econômica e cultural)

 

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2.1 TURISMO

“A internacionalização de uma cidade por meio do turismo é essencial para o fortalecimento do comércio e prestação de serviços do local, bem como uma vitrine comercial para atração de investimentos, negócios e educação.” (JOHNSON, 2008)

 

O Turismo em Piracicaba apresenta pontos fortes, que, se desenvolvidos, podem alavancar o processo de internacionalização. Dentre esses pontos fortes que identificamos estão o turismo caipira, o turismo religioso, o turismo de negócios.

 

Outro ponto favorável, especialmente nos dias atuais, é a desvalorização do Real frente ao Dólar, pois favorece que estrangeiros visitem o país.

 

Já como pontos fracos foram detectados problemas estruturais, como pontos turísticos despreparados para a recepção de turistas estrangeiros, rede hoteleira e restaurantes que não possuem cardápios em outros idiomas, falta de placas de trânsito em outros idiomas, etc.

 

Também, Piracicaba precisa desenvolver uma marca forte, uma marca internacional, que identifique a cidade internacionalmente.

 

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2.2 ATRAÇÃO DE EMPREAS

“A internacionalização é sinônimo de atração de empresas, tanto para produção quanto para o desenvolvimento de tecnologia e geração de empregos.” (JOHNSON, 2008)

 

Atrair novas empresas é fundamental, para a geração de renda, novos postos de trabalho, desenvolvimento da arrecadas, etc.

 

A vinda de novas empresas é essencial também quando analisamos o problema detectado, concentração do comércio exterior em duas empresas, que dissemos deixa Piracicaba em situação vulnerável.

 

Os pilares para atração são:

ü Transparência organizacional (política e econômica);

ü Boa condição geográfica (regional, nacional e continental);

ü Disponibilidade de recursos hídricos (de água);

ü Mão de obra especializada ou proativa em capacitação;

ü Boa estrutura logística (distribuição).

ü Dados educacionais sólidos;

ü Disponibilidade de terrenos;

ü Baixo custo e acessos a linhas de crédito;

ü Qualidade de vida aos empresários;

ü Canal de comunicação entre os sistemas públicos e a iniciativa privada para facilitar a implementação das empresas;

ü Desenvolvimento de tecnologia (informática ou pesquisas voltadas a determinado segmento)

ü Incentivos fiscais*;

 

* “Incentivos fiscais abrangem além de isenções – outras espécies, tais como alíquota reduzida, bonificação, deduções para depreciação acelerada, suspensão do imposto, crédito do imposto para aplicação em investimentos privilegiados, tributação agravada para atividades de menor interesse para a economia nacional. Igualmente, o termo “incentivos fiscais” é um conceito de ciência de finanças, que não se identifica com conteúdo jurídico determinado de nenhum instituto específico, definido pelo direito tributário, mas, abrange uma variedade de tais institutos, entre os quais a isenção fiscal. São essas diversas espécies, cada uma com sua própria definição no direito tributário, que a Ciência das Finanças agrupa no gênero “incentivos”, pelo critério da finalidade, comum a todos eles.” (BENCHAYA, 2006)

 

2.3 INVESTIMENTOS

“Atrair investimentos é objetivo geral do Itamaraty, e os canais de acesso são a ampliação do comércio e as melhorias nas condições de negócios das empresas .” (ITAMARATY, 2008)

 

Atrair novos investimentos é torna-se imprescindível, especialmente no cenário de crise que vivemos na atualidade, que foi agravada pela Pandemia da COVID-19, e que provocou queda de arrecadação.

 

Pilares para atração:

ü Participações em seminários, eventos, rodadas de negócios, feiras e mostras;

ü Participação em atividades relacionadas a missões comerciais;

ü Atendimentos a consultas sobre comércio e investimentos;

ü Divulgação do guia de comércio exterior e investimento do Brasil e no município em específico;

ü Criação de oportunidades para desenvolvimento de negócios tais como geração de energia sustentável, desenvolvimento de pesquisas em tecnologia e esportes;

ü Adoções microeconômicas de políticas internacionais.

 

2.4 EDUCAÇÃO E CULTURA

“A internacionalização da educação promove mudanças que têm ocorrido devido ao acesso aos conhecimentos e às trocas de informações que vêm repercutindo para o estreitamento de fronteiras e de ações comuns e conjuntas, de acordo com diferentes interesses.” (OLIVEIRA, 2007)

 

Pilares para atração:

ü Promoção de intercâmbios escolares e universitários;

ü Promoção dos itens já relacionados ao turismo como forma de promover a cultura local e expandir o nível cultural das ações elaboradas;

ü Criação de centros/parques para desenvolvimento de tecnologia;

ü Estabelecimento de planos de ação colaborativa na prática de esportes.

 

2.5 PROJETO CIDADES IRMÃS

Nossa sugestão para alavancar a internacionalização de Piracicaba, além do fortalecimento dos pilares expostos nos itens anteriores, é a implantação do Projeto Cidades Irmãs que objetiva criar relações, mecanismos e protocolos bilaterais com cidades ao redor do mundo.

 

São relações essencialmente em níveis econômico e cultural, estabelecendo acordos de cooperação técnica, transferências de tecnologia, programas de intercâmbio e desenvolvimento econômico, e atendimento à comunidade oriunda do país ou região da cidade irmã.

 

Referido projeto já existe em outras cidades, inclusive, brasileiras, basta Piracicaba se inserir nesse contexto, buscando parcerias bilaterais com cidades localizadas em países da Ásia (tigres asiáticos) e do Oriente Médio (Israel, Emirados, Arábia, Catar...).

 

3. PLANO DE AÇÃO

 

1ª ETAPA

ü Criação do plano modelo com objetivos de curto, médio e longo prazo (com metas definidas)

ü Criação do catálogo de turismo (cultural, esportivo, artesanal e gastronômico)

ü Criação do catálogo de empresas exportadoras e importadoras

ü Criação de selo de identificação PMDI para empresas locais

 

2ª ETAPA

ü  Parceria com prefeituras da região

ü  Parcerias com prefeituras de cidades de outros países

ü  Estreitamento de parceiros (associações, entidades de classe, entidades privadas)

 

3ª ETAPA

ü  Participação em feiras internacionais e rodadas de negócios

ü  Organização de eventos técnicos (workshops, palestras, seminários)

ü  Organização de roteiros e eventos de turismo

ü  Organização de eventos internacionais e rodadas de negócios

 

Projeto desenvolvido por Mário Pólis (Bacharel em Negócios Internacionais (UNIMEP) e Mestre em Engenharia de Produção e Manufatura (UNICAMP), é um dos membros brasileiros na INCU (International Network of Customs Universities). Tem experiência nas áreas de logística e aduana, com foco em inteligência aduaneira voltada para pequenas e médias empresas importadoras/exportadoras. É docente no MBA de Negócios Internacionais e Comércio Exterior, e MBA de Gestão e Negócios (UNIMEP), além de palestrante. Colunista da Rádio Educativa FM de Piracicaba, e de jornais e blogs da região. É o fundador e diretor da EMME Consult.)

 

Referências:

·         ARAGÃO. F. J. P. O impacto social da política de incentivos fiscais no Estado do Ceará: o caso de Maranguape. Universidade Estadual do Ceará, 2005.

·         City of Kyoto. Kyoto City Internationalization Promotion Plan (Revised). Mar. 2014.

·         Chinese Academy of Social Sciences Center. Chengdu: A Sample City for Global Research. Globalization and World Cities (GaWC) Research Network City and Competitiveness Research. Maio 2013.

·         CLARK, G. MOONEN, T. OPENCities Thematic Paper 2. EUROPEAN UNION, URB ACT, 2015.

·         Cultural & International Affairs Division. Higashiosaka City Internationalization Promotion Policy. Fev. 2008.

·         MARCUSE, P. KEMPEN, R. von. Globalizing Cities: a new spatial order? London and Cambridge: Blackwell Publishers, 2000.

·         MARQUES, A. I. S. TANAKA, S. C. MACHADO, N. D. Plano de Desenvolvimento sustentável: Municípios capixabas. Mar. 2012.

·         RIBEIRO, M. G. Município e incentivos fiscais. Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Palo, 2009.

·         SAKAI CITY. City of Sakai's basic policy for internationalization. 2014.

·         VITTE, J. Dez passos para atrair novas empresas para os municípios. Administradores, ago. 2009.

·         ZMYSLONY, P. Internationalization of European cities’ tourist function: initial qualitative data analysis. Working Papers, Poznan University of Economics. Maio 2014.

 

·         Outros:

      Projeto AL-Las – Belo Horizonte (MG)

      RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA PREFEITURA DE CONTAGEM

 

Todo crédito do trabalho ao amigo e parceiro Mário Pólis, apenas tive a honra de encampá-lo no Projeto de Desenvolvimento de Piracicaba do PDT de Piracicaba (propostas de governo de Carolina Angelelli, candidata a Prefeita de Piracicaba, eleições 2020). 


Max Pavanello – 12.222

Trabalho, Seriedade e Competência


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