Como disse semana passada, esta semana li a biografia da Senadora Marina Silva, livro intitulado MARINA – A vida por uma casa, escrito por Marília de Camargo César.
O livro é bem escrito e surpreende pela narrativa de uma menina seringueira, com saúde bastante frágil e que, inclusive, ouviu por três vezes sua sentença de morte dos médicos que a trataram.
O livro começa com uma retomada ao passado, quando Marina ainda era criança, conta as lutas que teve para, primeiro, poder sobreviver, ante o grau de miserabilidade que vivia, segundo, pela força de vontade e pela luta em tratar de seus problemas de saúde. Muitos, em seu lugar, certamente teriam “entregado os pontos”.
Conta sobre o começo de sua carreira política, ao lado de Chico Mendes e outros, sobre a fundação do PT no Acre, sua vontade de ser freira, quando adolescente, e seu convertimento ao movimento Evangélico, quando já era Senadora.
Ainda, quando Ministra do Meio Ambiente, conta sobre suas lutas e conquistas, até sua saída do Ministério e de sua migração do PT, para o PV.
Uma característica que achei notável é sua capacidade de conversar e transitar pelos diferentes partidos, chegando a ganhar elogios de políticos a quem fazia oposição, como Fernando Henrique Cardoso.
Aliás, sua habilidade seu ideal são tão extraordinários que chegou a pedir que José Serra apresentasse projeto de lei, quando este era Deputado Federal, pois sabia que a lei seria importante, mas que se ela apresentasse não seria aprovada, pois era oposição à época, já que pertencia ao PT e a maioria governista era do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
No livro ela ainda cita que, ser a proponente do projeto de lei pouco importava, pois preferia a lei aprovada a ganhar os louros de sua propositura, algo raríssimo entre os políticos brasileiros, resultado, José Serra apresentou o projeto de lei e este foi aprovado.
Não vou dizer mais para não tirar o brilho da leitura, mas é uma biografia que vale a pena ser lida.
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