Na quinta-feira passada, 28/07, tive uma alegria, que já havia tido antes, mas que renova-se a cada vez que tenho a oportunidade.
Normalmente, quando penso o futuro de meu filho a primeira coisa que se vem à mente, é qual será sua profissão, e a segunda, é tomara que não seguia a mesma que a minha.
O segundo pensamento se deve em muito às agruras que cada profissão tem, e todas certamente as tem, e via de regra as coisas boas, as maravilhas da profissão ficam esquecidas.
Quinta-feira, 28/07, tive a oportunidade de ir a dois Fóruns com o Enzo, meu filho, de manhã fui ao Fórum de Campinas, Cidade Judiciária, para ver um processo e, por questão de “logística”, ele foi comigo.
Enquanto eu via o processo, algumas cartorárias de outra ofício, começaram a brincar com ele e deram-lhe chocolate, foi um sossego, Enzo ficou sentadinho comendo chocolate, eu conseguir fazer as anotações necessárias.
No período da tarde, foi a vez de ir ao Juizado Especial Federal da cidade de Americana e lá se foi Enzo comigo novamente.
Distribui uma ação e protocolizei duas petições, enquanto o Enzo brincava entre as cadeiras colocadas para que partes e advogados possam aguardar confortavelmente sua vez de ser atendido e brincava de escorregar numa rampa que dá acesso à entrada dos cartorários.
Enquanto eu estava no Juizado de Americana, minha esposa me ligou, essa seria a segunda emoção, mas eu disse que não poderia falar naquele momento, pois estava ocupado com os protocolos.
Quando sai do Juizado Federal, sai com a vontade de escrever sobre a emoção de poder ter meu filho comigo nestas duas oportunidades e com o desejo de que um dia eu possa levá-lo não apenas para passear, mas para ser meu estagiário, ou seja, espero que um dia ele se encante pela profissão que me encantou, e que tive a felicidade de abraçar com muito amor, a ADVOCACIA, pois é uma profissão vibrante, emocionante e que a cada dia se renova.
Mas chegando em casa, minha esposa deu uma notícia que já era esperada, mas que pegou-me de surpresa em relação a precipitação.
Já estávamos nos preparando para fazer uma cirurgia no Enzo, para retirada das amígdalas, a operação estava marcada para dia 04/08, ou seja, mas devido a questões particulares dos médicos que lhe assistiam, a operação foi remarcada para dia 29/07, portanto, no dia seguinte.
Então na sexta-feira, dia 29/07, por volta de 09h00, fizemos a sua internação. As 11h00 a enfermeira veio buscá-lo para ir à sala de operação, e o sentimento de impotência bateu forte, ver o Enzo indo para o centro cirúrgico e saber que não poderia lhe ajudar naquela hora é frustrante e dá agonia.
Graças a Deus e aos médicos a operação foi um sucesso e em menos de uma hora Enzo já estava no quarto no nosso colo, primeiramente pediu pela mãe é claro, mas quando ele, num misto de choro e recuperação da anestesia, chamou por “Papai”, só não chorei para que a Fernanda não ficasse tirando sarro de mim depois.
Eis a razão do título, em menos de 48 horas meu filho me deu emoções que vão desde a vida profissional, dele e minha, até a angústia da impotência ante a uma cirurgia, mas que terminou com um “Papai” que quase me levou as lágrimas.
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